Participar de um evento desta grandeza é um momento único para absorção de conhecimento, mas também de estreitar relacionamentos e saber como este conhecimento é entendido pelo mundo e "fora da nossa caixinha".
Para que se alcance ao máximo o objetivo de difundir conhecimento, a organização é primordial, foram 8.000 pessoas de diversas línguas e países, com hábitos e costumes diferentes debatendo tecnologia. Ao meu ver o objetivo foi alcançado, não vi nos dias do evento algo que pudesse ser digno de alguma crítica. O Espaço era grandioso e uma agenda foi disponibilizada em forma de brochura e um APP. Neste aplicativo era possível identificar as palestras e seus palestrantes bem como poderiam ser realizadas anotações com vídeos e fotos. Era possível encontrar pessoas e gerar relacionamentos. Para que toda esta tecnologia fosse disponibilizada o evento possuía rede wireless que atendesse a todos os participantes e empresas.
Pela quantidade de informação oferecida os três dias se tornaram poucos, principalmente os keynotes que mostraram como a tecnologia estava sendo utilizada na prática através de depoimentos de arquitetos e clientes.
O Keynote mais aguardado foi o do primeiro dia com a entrevista realizada pelo presidente da Red Hat, Jim Whitehurst com a presidente da IBM, Ginni Rometty. O ponto principal era saber como ficaria a Red Hat após a aquisição pela IBM. O recado claro dado foi: A IBM acredita no ecossistema de soluções da Red Hat e acredita que os clientes que as utilizam devem ser respeitados, sendo assim não se vislumbra alterações neste sentido. A comunidade no local aplaudiu e ficou satisfeita com o que foi ouvido, é esperar para ver.
O direcionamento principal do evento foi com relação a automação de qualquer coisa (automation everything). Atualmente os profissionais de TI necessitam direcionar seus esforços a pensar em como a tecnologia poderá apoiar o negócio. Tarefas manuais, burocráticas e repetitivas devem ser automatizadas, para isto a Red Hat tem investido massivamente na linguagem Ansible e seus playbooks com seu orquestrador de automação Red Hat Ansible Tower que facilita através de uma interface gráfica toda a gestão desta automação.
Outro destaque no evento foi o lançamento da versão 4 do Red Hat Openshift, solução para utilização de containers. Atualmente esta disrupção tem sido na implementação de metodologias ágeis e nas boas práticas de DevOps. O mercado entendeu muito bem esta proposta e diversas empresas já estão se capacitando e buscando informações sobre o Openshift que tem se tornado na ferramenta líder de mercado.
A ideia central é aplicar as boas práticas do DevOps e reutilização de recursos de TI para que a tarefa de desenvolvimento, homologação e produção possam ocorrer numa esteira de entregas que causem o mínimo de desgastes nas equipes de TI envolvidas.
No último dia do evento tivemos acesso ao Open Innovation Labs da Red Hat em Boston, que é um dos quatro em todo mundo, outros dois em Londres e Singapura, e para a América latina foi desenvolvido o Popup Innovation Labs em São Paulo, a diferença na versão brasileira é que esta é realizada dentro da casa do cliente, esta mudança deve-se a uma tendência mundial junto aos clientes que preferem este tipo de formato. O objetivo deste laboratório de inovação é de oferecer aos clientes e comunidade uma imersão em metodologias open source ágeis em propostas inovadoras nas empresas, auxiliando em melhorar a experiência do cliente nas soluções Red Hat para este projeto, propondo aos profissionais envolvidos soluções com cultura open source. Esta aposta traz uma experiência inovadora baseada em metodologias ágeis, conteiners e automação com implementação de esteiras CI/CD (Continuous integration / Continuous Delivery).